O Boletim Climático do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) classifica o mês de outubro de 2023 como “extremamente quente em relação à temperatura do ar e muito chuvoso em relação à precipitação”.
De acordo com o IPMA, outubro foi o segundo mês mais quente nos últimos 93 anos, após outubro de 2017.
O boletim afirma que a temperatura máxima do ar foi a décima mais alta desde 1931 e a quarta mais alta desde 2000, enquanto a temperatura mínima foi a segunda mais alta nos últimos 92 anos.
Segundo o IPMA, durante o mês, houve dois períodos distintos: a primeira metade do mês foi caracterizada por valores muito elevados de temperatura do ar, enquanto na segunda metade do mês, os valores de temperatura foram geralmente mais baixos que a média mensal, indicam , acrescentando que, durante o período quente, novos valores extremos de temperatura máxima foram registrados em 26% das estações meteorológicas e de temperatura mínima em 18% das estações.
O documento também afirma que uma onda de calor que ocorreu em outubro cobriu quase todo o território do continente.
O boletim também indica que outubro foi o quarto mais chuvoso desde 1931, com um total de 219,3 litros por metro quadrado, correspondendo a aproximadamente o dobro do valor médio de 1981 a 2010.
Segundo o IPMA, a precipitação ocorreu de 13 de outubro até o final do mês devido à passagem sucessiva de várias frentes que causaram chuvas fortes e persistentes, com os valores diários mais altos de precipitação anteriores sendo ultrapassados em cerca de 12% das estações e os totais mensais registrados estando entre os mais altos para outubro em várias estações do território.
O instituto meteorológico destaca o aumento significativo da percentagem de água no solo em todo o território, com as regiões Norte e Centro registrando valores acima de 80% na maioria dos locais, a área do Vale do Tejo e Alto Alentejo entre 40% e 80%, enquanto Baixo Alentejo e Algarve ainda têm alguns lugares com valores abaixo de 20%.
O IPMA também indica que, no final de outubro, houve uma diminuição significativa da área e intensidade da seca meteorológica em todo o continente.
No entanto, a organização mantém que “alguns lugares no Alentejo e Algarve ainda estão em seca meteorológica”.
O IPMA afirma que, em 31 de outubro, 13% do território de Portugal continental estava em seca meteorológica moderada.
