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Covid-19: Mais de 66 mil pessoas vacinadas foram infetadas e 467 morreram
Mais de 66 mil pessoas com vacinação completa contra a covid-19 foram infetadas pelo coronavírus SARS-CoV-2, o que representa 0,7% do total de vacinados, e 467 morreram, indicam as “linhas vermelhas” da pandemia hoje divulgadas.
“Desde o início do processo de vacinação contra a covid-19, foram identificados 66.343 casos de infeção por SARS-CoV-2 entre um total de 8.925.907 indivíduos com esquema vacinal completo há mais de 14 dias (0,7%)”, refere a análise de risco semanal da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Segundo o relatório, entre as pessoas infetadas, 1.292 pessoas – 1,9% – foram internadas com diagnóstico principal de covid-19 e 346 pessoas com diagnóstico secundário, sendo que cerca de metade tinha mais de 80 anos.
O documento adianta ainda que, entre os 66.343 casos de infeção de pessoas com esquema vacinal completo há mais de 14 dias, registaram-se 467 óbitos por covid-19 (1,1%), dos quais 345 em pessoas com mais de 80 anos.
As “linhas vermelhas” das autoridades de saúde indicam ainda que, de acordo com os dados de agosto, as pessoas com vacinação completa “parecem apresentar um risco de hospitalização aproximadamente duas a cinco vezes inferior aos casos não vacinados”.
Relativamente à ocorrência de óbitos por covid-19 tendo em conta o estado vacinal, verificou-se que, em outubro, ocorreram 132 mortes em pessoas com a vacinação completa contra a covid-19 e 33 óbitos em pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta.
“O risco de morte, que é medido através da letalidade por estado vacinal, é 1,5 a 4 vezes menor nas pessoas com vacinação completa do que nas pessoas sem esquema vacinal completo, de acordo com os dados de outubro, mês com os dados consolidados mais recentes. Estes valores podem ainda sofrer alterações devido ao atraso do evento morte em relação à infeção”, refere o relatório.
A análise de risco desta semana confirma ainda uma incidência de 203 novos casos de infeção por 100 mil habitantes, acumulada nos últimos 14 dias, com “tendência fortemente crescente a nível nacional”.
O grupo etário com incidência cumulativa mais elevada correspondeu às crianças com menos de 10 anos – 298 casos por 100 mil habitantes -, que não são elegíveis para vacinação.
Relativamente ao índice de transmissibilidade do vírus (Rt), apresenta também uma tendência crescente em Portugal, estando agora nos 1,17, refere o relatório, estimando que, a manter esta taxa de crescimento, o limiar de 240 casos em 14 dias por 100 mil habitantes possa ser ultrapassado em menos de 15 dias no país.
Quanto à pressão sobre os serviços de saúde, as “linhas vermelhas” indicam que o número de doentes internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma tendência estável, correspondendo a 28% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas, quando na semana anterior tinha sido de 25%.
Na quarta-feira, a mortalidade específica por covid-19 registou um valor de 11,1 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, que corresponde a um aumento de 39% relativamente à semana anterior (8,0) e uma tendência crescente.
“Este valor é inferior ao limiar de 20 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), mas superior ao limiar nacional de 10, avançam as autoridades de saúde, que consideram “existir um impacto moderado da pandemia na mortalidade”.
A análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de “intensidade moderada, com tendência crescente a nível nacional”.
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