Quarenta e três euros e trinta e dois cêntimos é quanto recebem mensalmente as duas filhas menores, do trabalhador que em junho deste ano, morreu enquanto trabalhava na A6, atingido pelo carro que transportava o o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
De acordo com a CM, a família de Nuno Santos, que tinha 43 anos, recebe uma pensão de sobrevivência de 259,91 euros por mês, que representam 173,27 euros para a viúva e 43,32 euros para cada uma das duas filhas.
Estas informações surgem no seguimento de uma notícia que indicava que foi a empresa em que trabalhava Nuno Santos que pagou o seu funeral, e de uma, mais recente, entrevista do advogado da família ao semanário Sol, onde este afirma que “o senhor ministro disse que terá pedido a uma assistente para ligar à família. Na altura do funeral, mandou dois senhores guardas entregar uma coroa de flores. Nunca foi nada pessoal”.
Salientando ainda que “houve uma tentativa para alijar responsabilidades, até porque o primeiro comunicado oficial do Ministério (MAI) foi uma tentativa de culpabilizar o Nuno” e conclui que “a situação é dramática. A família ainda está traumatizada. A seguradora do trabalho tem-se portado bem e a família recebe apoio psicológico para além da pensão provisória que a seguradora Caravela está a pagar sem ter havido um acordo”.