O caso de uma criança de 12 anos, que acabou no internada no hospital depois de ter sido frequente vítima de bullying por por parte dos seus colegas de escola, está a “mexer com muita gente”, depois de ter sido partilhado pela sua mãe como um “um mero desabafo”, explicou esta ao jornal Sol.
Depois de vários episódios de violência por parte de outros alunos das Escolas Madeira Torres, em Torres Vedras, Luís Santiago acabou hospitalizado, sem conseguir ir à casa de banho ou levantar-se da cama.
Estes acontecimentos provocam nos pais um grande sentimento de “cansaço que já se manifesta ao nível de memória porque tem sido uma pressão muito grande, isto é, o facto de não saber se ele está bem. Tanto eu como o meu marido estamos muito em baixo”, afirma a mãe.
Tudo isto é agravado pela alegada minimização da situação por parte de responsáveis desta escola que perante estas acusações de bullying “ficaram chateados porque afetou o ranking das escolas”, segundo a mãe.
Afetada por tudo o que tem acontecido, a mãe de Luís Santiago espera agora que a situação do seu filho sirva de exemplo “daquilo que pode acontecer e não quero que outras crianças e outros pais passem por isto”, diz, salientando que neste tipo de casos tem obrigatoriamente de haver uma responsabilização por parte de alguém, já que as crianças, menores de idade, são deixadas ao cuidado da escola.
Sobre a “postura incompreensível da professora”, a mãe afirma que “esta senhora está a instigar que ainda o gozem mais. É gordinho, é o maior da turma, é uma paz de alma e depois sofre assim. Fiquei indignada. Como é que a diretora de turma já sabia e não me contava? Só percebi isto na conversa de ontem. Disse mesmo que os médicos andavam loucos a tentar perceber como é que uma queda tinha provocado isto. Tinham de me contactar e dizer ‘Olhe, afinal, parece que houve uma briga, era capaz de ter havido uma agressão’. Só queria dizer ao médico que os politraumatismos [lesão grave de, pelo menos, dois órgãos ou duas partes distintas do corpo] tinham sido provocados por uma agressão. Fiquei horrorizada”, disse.
Não aceitando fugir do problema com uma mudança de escola e segura que o seu filho está a ser bem acompanhado, a progenitora não esquece que o desfecho desta história poderia ter sido outro.
Foto cedida ao Sol por: Marta Veloso / DR