Os portugueses estão em risco de ver os medicamentos aumentar de preço e/ou lidar com a sua escassez nas prateleiras das farmácias e quem o disse foi a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, em declarações à Renascença.

De acordo com a mesma, tudo isto pode acontecer caso a “crise se mantiver, durante seis meses ou mais”.

Mostrando a estreita ligação entre o aumento do preço dos combustíveis e o consequente aumento dos custos da distribuição, Ana Paula Martins, salienta que os “medicamentos de venda livre, não sujeitos a receita médica”, serão os mais afetados pela escassez ou subida de preço.

Outro aspeto a ter em conta será que a crise energética, refletida no preço dos combustíveis, se faça sentir no resto da Europa, levando a que outros países, com mais poder de compra do que Portugal, adquiram grandes quantidades de certos fármacos, agravando a sua falta.

A bastonária aponta ainda que nos medicamentos com preço de venda ao público (PVP) marcado na embalagem, “vai haver uma tentativa de amortecimento por parte de toda a cadeia de valor, desde a indústria, passando aos distribuidores e às farmácias, porque não podem aumentar os preços”, já que são “negociados com o Estado”, concluiu.