O Sindicato dos Enfermeiros (SE) anunciou, este sábado, a desmarcação da greve convocada para 3 e 4 de novembro, na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para o próximo ano, mas mantém as suas principais reivindicações.
Face ao chumbo do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) e a previsível remarcação de eleições antecipadas para o início do próximo ano, “esta é uma forma de luta que, neste momento, perde relevância”, afirma o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Pedro Costa, citado em comunicado.
No entanto, “tal decisão não desvia o SE um milímetro das suas principais reivindicações: o reconhecimento e valorização dos enfermeiros”, assegura o dirigente sindical.
Depois de uma reunião entre todos os sindicatos de enfermeiros, “a maioria das estruturas concordou que deixamos de ter um interlocutor com poder de decisão”, afirma Pedro Costa.
“Queremos ouvir o que os partidos têm para nos dizer, de que forma pretendem valorizar a nossa profissão se forem empossados como Governo”, acrescenta, salientando que “não bastam as finais da Liga dos Campeões, as palmas à janela ou os votos de louvor em eventos públicos”.
Para o presidente do Sindicado dos Enfermeiros, “é fundamental que seja reconhecida, em letra de lei, a equiparação entre contratos CIT e CTFP, o pagamento dos milhares de horas extraordinárias ou a valorização da avaliação quantitativa dos profissionais de enfermagem”.