Uma rede de falsificação de obras de arte, que atuava no Grande Porto, foi desmantelada pela Polícia Judiciária.
Toda a operação era comandada por um comerciante de arte de 50 anos, que encomendava as obras falsa a presidiários, que as criavam na própria oficina de artesanato da prisão.
As obras eram entregues ao comerciante de arte durante as visitas autorizadas, que depois as comercializava como obras originais de artistas como Cruzeiro Seixas, Mário Cesariny, Noronha da Costa, José Malhoa, Cutileiro, Domingos Alvarez, Malangatana e Almada Negreiros.
De acordo com um comunicado da PJ, “o esquema urdido compreendia ainda um falsário, que produzia e assinava a pintura, e um conjunto de indivíduos responsáveis pela colocação no mercado, e em particulares de boa-fé, das peças produzidas”.
Salientando ainda que “a produção da pintura falsa decorria na sala de artesanato de um estabelecimento prisional, sendo o falsário, previamente municiado dos materiais necessários, tais como telas, pincéis, folhas de papel de desenho, tubos de tinta e óleo, frascos de óleo de linhaça, lápis de carvão, papel vegetal, papel químico e outros”.