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Pessoas roubam para comer nos supermercados: “Apanhámos muitos idosos a tentar roubar pão, salsichas e atum”

As pessoas estão a roubar para comer. É a dura realidade da “crise do custo de vida” num país de salários já de si escassos, e de benefícios sociais ainda menores.

“Há muitas pessoas que já não podem assegurar as suas necessidades alimentares básicas”, diz ao jornal Expresso Rita Valadas, presidente da Cáritas (instituição de caridade católica).

“Não há dúvida de que são roubos para comer”. Este é o primeiro sintoma de uma profunda crise social”, admite o presidente da associação dos distribuidores portugueses, Gonçalo Lobo Xavier.

“As pessoas estão desesperadas. Escondem pacotes de leite e latas de atum nos seus sacos, ou nos seus casacos – para se consumirem ou darem aos seus filhos”, diz Cláudio Ferreira, presidente da associação nacional de vigilância privada.

“Apanhámos muitos idosos a tentar roubar pão, salsichas e atum”, acrescenta Edson Alves, guarda de segurança no supermercado Areosa, no Porto.

A característica atual é ilustrada por fotografias de ‘alimentos com alarmes’ – a única solução que os supermercados encontraram para lidar eficazmente com este ‘flagelo’.

Bacalhau salgado, salmão congelado, garrafas de azeite, latas de atum. Por agora são estes artigos deque os supermercados estão a procurar proteger.

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