A Direção Geral da Saúde (DGS) coloca três cenários de evolução da pandemia para este outono-inverno em Portugal. O objetivo é minimizar os casos de doença grave e de mortalidade por Covid-19 e obter uma resposta mais eficiente e equitativa dos serviços de saúde.
O primeiro cenário assume que não existem alterações na eficácia da vacina nem há um aparecimento de uma nova variante que gere preocupação nos próximos meses. A mortalidade mantém-se reduzida e não há pressão adicional sobre o sistema de saúde.
O segundo cenário prevê uma redução lenta da eficácia das vacinas, mas também sem o aparecimento de uma nova variante do vírus considerada preocupante. Neste cenário, a pressão sobre o SNS é “moderada a elevada”. Ainda assim, neste cenário, o limiar dos cuidados intensivos é ultrapassado na segunda quinzena de janeiro.
No terceiro cenário há o aparecimento de uma nova variante com redução rápida da eficácia da vacina, um aumento da transmissibilidade do vírus e da gravidade da doença. Neste caso, a incidência de infeções será muito elevada, com o limiar dos cuidados intensivos a ser ultrapassado na primeira quinzena de janeiro, com pressão “elevada a muito elevada” sobre o sistema de saúde.
Este referencial outono/inverno é dirigido às entidades do Ministério da Saúde para que o Serviço Nacional de Saúde possa preparar respostas para um eventual agravar da situação.
Com esta estratégia pretende-se “garantir uma resposta eficiente e coordenada, ajustada à situação epidemiológica da infeção por SARS-CoV-2 e aos desafios adicionais do período outono/inverno, reduzindo o impacto na morbimortalidade na população em geral e nos grupos de risco”, justifica a DGS.