Um estudo desencadeado pelo Centro de Estudos Sociais (CES) revela que o perfil do jogador de raspadinhas inclui pessoas com menos escolaridade, menor rendimento e indicadores de saúde mental mais desfavoráveis.
Em Portugal, cerca de 1,21% da população adulta enfrenta problemas de jogo com os cartões de raspadinha, o que implica que aproximadamente 100 mil cidadãos sofrem com problemas de jogo causados por este tipo de aposta.
As conclusões deste estudo, publicadas pelo jornal Público e Observador indicam ainda que deste grupo de 100 mil cidadãos com problemas de jogo, 30 mil serão diagnosticados com distúrbio patológico de jogo. Indivíduos com rendimentos entre 400 e 664 euros têm três vezes mais probabilidade de serem jogadores frequentes de raspadinhas em comparação com aqueles que ganham 1.500 euros por mês.
Além das pessoas com rendimentos mais baixos, o perfil dos jogadores de raspadinhas inclui aqueles com menor escolaridade, e entre aqueles com maior risco de desenvolver problemas relacionadas com as “raspadinhas”, encontram-se pessoas com piores indicadores de saúde mental e hábitos menos saudáveis em relação ao consumo de substâncias.