De acordo com o comunicado do órgão jurisdicional do PSD, votaram na sexta-feira nas eleições diretas para presidente da Comissão Política Nacional (CPN) 16.602 militantes, de um universo de 41.863 militantes com capacidade eleitoral (com as quotas em dia), uma taxa de abstenção de cerca de 60%.
Luís Montenegro, também primeiro-ministro desde abril deste ano, venceu as diretas com 16.179 votos (97,45%) e viu renovado o seu mandato como 19.º presidente do PSD para mais dois anos.
Registaram-se 326 votos brancos e 97 votos nulos.
A eleição dos restantes órgãos nacionais realiza-se no 42.º Congresso do partido, marcado para 21 e 22 de setembro, em Braga.
Montenegro conseguiu assim o resultado mais expressivo de sempre em eleições internas sem concorrência no PSD.
A última vez que o PSD tinha tido um candidato único à liderança foi em 2016, nas sétimas eleições diretas, as últimas em que Pedro Passos Coelho — já na qualidade de líder da oposição — foi reeleito presidente do partido com mais de 95% dos votos, até então o melhor resultado de sempre.
Antes disso, as eleições internas no PSD com candidato único foram em 2006 – a primeira que consagrou Marques Mendes por este método, e em que obteve 90,9% dos votos – e as reeleições de Pedro Passos Coelho, que em 2012 conseguiu 94,6% dos votos, em 2014 88,8% e em 2016 95,1%.