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Número de estudantes sem todos os professores atribuídos agravado pela entrada na reforma de mais de mil alerta a Fenprof


A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) alertou para o aumento do número de estudantes sem todos os seus professores atribuídos, o que se agravará com a reforma de mais mil professores até ao final do ano.

“Este ano, a falta de professores será um problema mais sério do que nos anos anteriores”, avisou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, argumentando que este ano letivo, que começa daqui a aproximadamente duas semanas, “aumentará o número de professores não profissionalizados e o número de alunos sem todos os professores”.

Em declarações aos jornalistas, Mário Nogueira explicou que ainda é cedo para fazer as contas e perceber quantos alunos ficarão sem professores, porque as reservas de recrutamento que permitem às escolas contratar para preencher horários vagos ainda estão em curso.

No entanto, alertou, para 20.800 professores nas reservas de recrutamento para cerca de 30 a 35 mil contratações que serão necessárias.

Além disso, cada vez mais professores estão a reformar-se: este ano, até ao final de setembro, serão 2.493 professores reformados, aos quais se juntarão “mais de 300 por mês até dezembro, o que perfaz mais de mil”.

Mário Nogueira acrescentou que os professores que se reformam após o início do ano letivo continuam a ter turmas atribuídas, ou seja, “no início do ano estão a dar aulas, mas depois saem, deixando os alunos sem professor”.

Mário Nogueira lembrou que este ano entraram no ensino superior cerca de 1.300 estudantes que querem ser professores, mas estes só chegarão às escolas daqui a cinco anos.

Este ano, os estabelecimentos de ensino poderão contar com os que entraram nas universidades em 2018, “eram cerca de 600”, recordou.

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