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Porto: Mais de 100 pessoas reuniram-se pelos direitos das mulheres afegãs

A Avenida dos Aliados recebeu, ao final da tarde deste sábado, mais de uma centena de pessoas em solidariedade para com as mulheres afegãs e pedir ao Governo português que conceda asilo político a estas mulheres e aos seus filhos.

A organização esteve a cabo da Liga Feminista do Porto, que explicou que a manifestação é também uma “uma forma de fazer pressão sobre os partidos políticos e os agentes políticos portugueses, para que tomem uma posição ao nível da concessão de asilo político às mulheres, que são as maiores vítimas, e aos seus filhos, porque é com caráter de urgência”, esclareceu a ativista, acrescentando que “as 50 vagas que foram anunciadas pelo Ministério da Administração Interna são insuficientes”.

Diana Pinto, da direção da Liga Feminista, refere que se exige “mais das entidades europeias, onde se inclui Portugal, que, durante 20 anos, fingiram não entender a gravidade do conflito que acontecia no Afeganistão e escolheram não participar, ou participaram do lado errado”.

As declarações surgem no seguimento da posição tomada por Eduardo Cabrita.
O ministro da Administração Interna adiantou que Portugal irá começar a acolher refugiados afegãos “tão breve quanto possível”, estando previsto, numa primeira fase, o acolhimento de cerca de 50 pessoas que cooperam com a União Europeia. Quanto aos restantes, nomeadamente mulheres e crianças, Eduardo Cabrita reconheceu que a situação difícil, mas afirmou que não poderá haver “fluxos migratórios desordenados”.

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