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Eduardo Cabrita afirma que “não poderá haver fluxos migratórios desordenados”

Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, revelou, esta quarta-feira, que Portugal espera a receber refugiados do Afeganistão “tão breve quanto possível”, confirmando que o país deverá acolher cerca de 50 pessoas que cooperaram com os serviços da União Europeia.

Relativamente à possibilidade de Portugal receber refugiados afegãos que não estejam nessa situação de cooperação com a UE, Cabrita reconheceu a posição particularmente frágil das mulheres e de outras pessoas envolvidas na promoção dos direitos humanos no Afeganistão, mas sublinhou que não poderá haver “fluxos migratórios desordenados”.

“Portugal tem tido sempre uma posição de participação ativa em processos quer de reinstalação, quer de recolocação. O que temos é de criar condições para que, antes de mais, não exista uma onda de refugiados ou de migrantes”, referiu ainda o ministro da Administração Interna.

Os talibãs conquistaram Cabul no domingo, culminando uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO. A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.

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