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Pais de crianças com epilepsia pedem disponibilização em Portugal de medicamento de emergência

Pais de crianças com epilepsia lançaram uma petição a pedir que seja disponibilizado em Portugal o medicamento ‘Buccolam’, para controlar crises epiléticas “em segundos” e evitar danos físicos e cerebrais que possam ser irreversíveis.

Mãe de uma adolescente de 13 anos com epilepsia, Paula Mota disse hoje à agência Lusa que a petição foi lançada a 11 de abril e tem cerca de 7.000 assinaturas, que ainda não chegam para que seja discutida no parlamento.

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Dirigida ao presidente da Assembleia da República e ao presidente do Infarmed, a petição para a comercialização e comparticipação do medicamento antiepilético solicita ao parlamento que recomende ao Governo “a adoção das medidas necessárias, incluindo eventuais procedimentos excecionais, conducentes à célere disponibilização” do fármaco.

Paula Mota adiantou que este medicamento, que pode parar uma crise epilética em “dois ou três segundos”, foi aprovado pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) em 2011, está à venda em muitos países da União Europeia, mas nunca chegou a Portugal.

Em Portugal, só há um “medicamento SOS” para parar as crises, o ‘Stesolid’, que tem como substância ativa o ‘diazepam’, mas que “é de difícil administração porque é por via retal”.

“É impossível aplicar um clister quando os miúdos estão em crise porque eles apertam as pernas, ficam rígidos, não conseguimos”, mas situação piora no caso dos adolescentes, principalmente em contexto escolar, porque que têm de ser despidos para administrar o medicamento.

Além disso, o ‘Diazepam’ deixa as crianças prostradas, muito lentas ao nível cognitivo e motor e com dificuldades em andar, efeitos que não se observam com o ‘Buccolam’, que é de administração oral, bastando borrifar no interior da boca e a resposta é imediata, a criança fica praticamente igual ao que estava antes de ter a crise.

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