Várias empresas do empresário, e dono da TVI, Mário Ferreira estão a ser alvo de buscas por parte da Autoridade Tributária e o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), entre elas a Douro Azul, de acordo com o Expresso.
Na origem destas buscas estão indícios de fraude fiscal qualificada no negócio da compra do navio Atlântida ao Estado português, por cerca de 8 milhões de euros “e que depois vendeu a si próprio por mais de 17 milhões”, de acordo com a mesma fonte.
Também realcionadas as estas buscas estão denúncias avançadas pela ex-eurodeputada Ana Gomes que levantou questões sobre a constituição de duas empresas em Malta para o negócio do navio Atlântida.
Mário Ferreira, por seu lado, recorreu às redes sociais, onde afirmou que “o meu “amigo” Paulo Fernandes em Maio de de 2020 prometeu-me que me “destruía a vida” caso eu avançasse com a compra da Media Capital, hoje o seu “Correio da Manhã” uma vez mais lança um ataque feroz, eles sabem que não estou acusado de nada, não sou arguido em nenhum processo. A união de Ana Gomes a enviar cartas com falsas acusações e o CM em parceria a aproveitar para fazer notícias, parece para eles um modelo virtuoso para vender jornais… Ao meu “amigo” Paulo irei sempre responder com obra feita e nunca lhe farei a ele aquilo que não gosto que me estejam a fazer a mim, são estilos.”
Em comunicado, o grupo empresarial “confirma a realização de buscas às suas instalações no Porto pela Autoridade Tributária e Aduaneira e pelo DCIAP [Departamento Central de Investigação e Ação Penal], no âmbito das dinâmicas de denúncia da Dra. Ana Gomes sobre a aquisição do navio Atlântida e a concretização de uma solução para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo”.
“Depois de meses de reiteradas suspeitas, denúncias e afins nos media e nas redes sociais da Dra. Ana Gomes (…), na sequência da compra do Grupo Media Capital, há finalmente uma oportunidade para o esclarecimento total das autoridades, com pleno acesso à documentação existente e a uma auditoria interna realizada aos processos em causa”, lê-se no comunicado.
A nota salienta que, “depois das campanhas negras”, o Grupo Mystic Invest/Douro Azul está “totalmente disponível para esclarecer tudo” junto das autoridades.
“A auditoria realizada no quadro do rigor e exigência que norteiam as atividades das empresas do grupo comprometidas com o desenvolvimento regional e nacional, com a criação de emprego e com a valorização de ativos, certamente contribuirá para o cabal esclarecimento da campanha negra que alguns insistem em promover em relação a quem gera riqueza e desenvolvimento para o país”, sublinha o grupo empresarial.
Nesse sentido, “o Grupo Mystic Invest/Douro Azul reafirma a sua tranquilidade e total disponibilidade para esclarecer as autoridades”, uma vez que “agora que a perseguição mediática deu lugar à oportunidade de disponibilizar a documentação e o esclarecimento total da situação”.
O Grupo Mystic Invest/Douro Azul termina o comunicado dizendo que “manterá o seu foco na criação de emprego, no relançamento da economia nacional e na afirmação de Portugal”.
O Ministério Público e a Autoridade Tributária realizaram hoje buscas no Porto, Funchal e ainda em Malta numa investigação sobre a venda de um ferry (navio Atlântida) a uma sociedade com sede em Malta.
Fonte judicial confirmou que uma das empresas alvo de buscas é Douro Azul, do empresário Mário Ferreira, e que em causa está o negócio de compra em 2014 do navio Atlântida aos estaleiros navais de Viana do Castelo e a sua posterior venda no ano seguinte a uma empresa com sede em Malta.