Os investigadores da Universidade de Helsínquia na Finlândia dizem que o consumo de alimentos novos tem o potencial de reduzir drasticamente os impactos ambientais das dietas das pessoas. Estes incluem alimentos não tradicionais nas dietas ocidentais, como insetos e algas marinhas.
Segundo Rachel Mazac, da Faculdade de Agricultura e Silvicultura da mesma universidade, “ao minimizar o impacto ambiental no potencial aquecimento global, ou seja, emissões de carbono, uso da água, e uso da terra, descobrimos que dietas com alimentos novos e futuros, bem como dietas veganas com alternativas à base de plantas ricas em proteínas, poderiam ter mais de 80% menos impacto ambiental do que a atual dieta omnívora europeia”.
Os mesmos investigadores afirmam que “há um longo caminho a percorrer em termos de aceitação cultural, acessibilidade económica e de preços, e desenvolvimento de perfis de sabor e textura para adopção plena em dietas em larga escala”.
O estudo “Incorporação de novos alimentos em dietas europeias” pode reduzir o potencial de aquecimento global, o uso da água e o uso do solo em mais de 80%”, foi publicado na revista Nature Food e partilhado por investigadores.
A “Illegal Oats”, uma marca que mistura a sua granola com insetos, diz que os insetos podem ter um grande impacto na alimentação sustentável.
“Os insetos que utilizamos contêm 56% de proteínas”, escrevem eles. “Isto significa que em vez de precisarmos de comer carne como principal fonte de proteína nas nossas dietas, podemos substituí-la por insetos”.
A Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) estima que dois mil milhões de pessoas já estão a comer insetos na sua dieta.
Economicamente, a FAO pensa que a indústria dos insetos comestíveis poderá valer 6,3 mil milhões de dólares até 2030 – daqui a apenas oito anos!