O ano letivo termina hoje para os 9.º, 10.º e 11.º anos com “alunos e professores exaustos” e diretores a admitirem que a pandemia e o ensino remoto voltaram a impedir que todas as aprendizagens se realizassem.
Para cerca de 240 mil alunos hoje é dia de despedidas, depois de mais um ano afetado pela covid-19 que levou a que parte das aulas voltassem a ser frequentadas sem sair de casa, através de um ecrã.
“Tendo em conta os constrangimentos que uma pandemia provoca, não se pode dizer que o ano correu mal”, defendeu o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), em declarações à Lusa.
Filinto Lima reconheceu, no entanto, que “as aprendizagens não se realizaram completamente”, apesar de considerar que este ano foi “melhor que o anterior, com menos aprendizagens perdidas”.
No ano letivo passado, dois em cada três professores não conseguiram abordar todos os conteúdos previstos para o terceiro período ou tiveram de fazer alterações à forma de avaliação, segundo um inquérito divulgado esta semana pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
Quase metade optou por reduzir o programa, 7% não deram matéria nova, enquanto outros 11% arriscaram avançar na matéria, mas depois não avaliaram os temas abordados durante o ensino remoto.