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Segundo dia de greve das bilheteiras e revisores da CP com “uma adesão maciça”

O segundo dia de greve dos trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP registava cerca das 09:30 “uma adesão maciça”, estando a ser cumpridos os serviços mínimos e com a maioria das bilheteiras encerradas, disse fonte sindical.

Os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP- Comboios de Portugal cumprem hoje o segundo de três dias de greve, em protesto contra a proposta de regulamento de carreiras e reclamando aumentos salariais e o cumprimento do acordo de empresa.

De acordo com o balanço feito pela CP, às 08:30, ficaram parados 36 dos 67 comboios programados.
Entre as 00:00 e as 06:00 de hoje foram efetuados 31 comboios, 29 dos serviços mínimos (todos realizados) e mais dois adicionais.

“Hoje de facto verificamos que há uma adesão maciça a este pré-aviso de greve. Estamos a cumprir os serviços mínimos. Há um ou outro comboio a mais a circular de forma residual. De um modo geral as bilheteiras estão na sua maioria encerradas ou a trabalhar com um número reduzido de trabalhadores”, disse à Lusa Luís Bravo, do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), que convocou a paralisação.

De acordo com Luís Bravo, esta “adesão maciça” demonstra o “grande descontentamento” dos trabalhadores.

“Não se aceita que um conselho de administração aprove um orçamento em que tenha apenas previsão de aumento salarial para os trabalhadores que estão a transitar da EMEF para a CP e exclua todos os outros. Transmite uma mensagem de que para este conselho de administração só os trabalhadores das oficinas importam e todos os outros não importam para nada”, disse.

No entendimento do sindicato, “a situação é revoltante”, salientando que nos últimos 10 anos os trabalhadores receberam apenas aumentos residuais.

Os trabalhadores da CP iniciaram no domingo uma greve nacional de três dias em protesto contra a proposta de regulamento de carreiras apresentada pela CP, que dizem prever “um aumento da polivalência de funções” e a “junção e extinção de categorias profissionais”, considerando que tal “vai pôr em causa postos de trabalho presentes e futuros”.

Reclamam igualmente a “melhoria do salário base, que atualmente está no limiar do salário mínimo nacional”, e a “reposição das perdas salariais sofridas pelos ferroviários operacionais que foram contagiados pela pandemia provocada pela covid-19, bem como pelos que tiveram de cumprir confinamento profilático por estarem em contacto com colegas infetados”.

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