Uma audiência urgente com o primeiro-ministro, António Costa, foi hoje solicitada pela Associação Nacional de Restaurantes PRO.VAR.
A carta aberta apresenta os motivos para a audiência, que se prendem com aquilo que consideram ser uma “dualidade de critérios” e “a imposição de regras e o tratamento diferenciado” para com eventos futebolísticos.
“De acordo com os últimos acontecimentos, relacionados com festejos ligados a adeptos de futebol, em Lisboa e agora no Porto, existem sinais contraditórios, os procedimentos tomados pelas autarquias e Governo, não conferem com as preocupações apresentadas pela DGS”, refere a associação, acrescentando que “existem dois pesos e duas medidas”.
A PRO.VAR adianta que, conforme o que a DGS apresentou na sexta-feira, existe a necessidade de se manter as regras vigentes, uma situação que diz que irá respeitar. Contudo, recorda que foi quem pediu a clarificação das regras junto das esplanadas, através de “uma atuação preventiva e pedagógica” junto dos empresários e Clientes.
Contudo, critica, “o Governo reuniu de imediato com as forças de segurança, verificando-se nos dias seguintes, uma atuação diferente daquela que a PRO.VAR solicitara, pois era frequente ver os agentes da autoridade de fita métrica numa mão e livro de auto na outra”.
“O setor assiste agora, incrédulo, a milhares de pessoas sem máscara, sem distanciamento e misturados com os portugueses, por sua vez, as autoridades de segurança, assistem ao comportamento desviante da maioria dos adeptos, uma permissibilidade incompreendida por parte dos empresários do setor da restauração”, lamenta a associação.