Os representantes dos reitores das universidades e presidentes dos politécnicos relataram hoje que os estudantes aderem cada vez menos aos rastreios à covid-19, mas no secundário os alunos aceitam ser testados quando é preciso, dizem os diretores escolares.
Em abril, com a retoma das aulas presenciais, as instituições de ensino superior realizaram rastreios na comunidade académica, no âmbito do programa de testagem da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), com o objetivo de assegurar a maior segurança possível no regresso às aulas presenciais.
Depois desse primeiro rastreio, algumas universidades e politécnicos com capacidade laboratorial mantiveram a testagem regular à covid-19, mas da parte dos estudantes parece haver alguma resistência, conforme noticiou hoje o jornal Público.
No caso da Universidade de Lisboa (UL), por exemplo, o vice-reitor João Barreiros disse ao Público que cerca de um terço dos alunos convocados não comparece no momento da testagem, uma resistência que afirma ter vindo a ser crescente.
O reitor da Universidade do Porto (UP) não confirma esta tendência, mas apenas porque, da sua experiência, essa adesão nunca foi alta.
“A sensação que posso transmitir é que não houve propriamente uma redução, porque nunca houve uma afluência alta”, relatou António de Sousa Pereira, que diz não ter noção daquilo que se passa a este nível nas restantes universidades.