Uma carta anónima denunciou a utilização do orçamento do grupo parlamentar para pagar funcionários da sede do partido.
Funcionários do PSD foram notificados para serem ouvidos no inquérito à utilização de dinheiro público do grupo parlamentar para pagar empregados que prestam serviço na sede do partido. A investigação teve origem numa denúncia anónima feita no ano passado.
A denuncia chegou há um ano ao Ministério Público, ao presidente da Assembleia da República e à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, junto do Tribunal Constitucional.
A carta anónima, escrita por funcionários do PSD, denunciava a promiscuidade com que era gerido o orçamento do grupo parlamentar do partido. Em causa está dinheiro público, recebido do Parlamento com destino ao grupo parlamentar, que seria usado para pagar assessores, secretárias e outros funcionários do partido de Rui Rio.
O assunto não merece qualquer comentário do PSD, mas fonte do partido confirmou à SIC que alguns colaboradores foram notificados para serem inquiridos no DIAP de Lisboa, como adiantou este sábado o jornal Sol.
Já depois da abertura do inquérito, foram exonerados dois funcionários do grupo parlamentar que também trabalhavam na sede do partido, localizada na rua de São Caetano à Lapa.
A organização não governamental Transparência e Integridade pediu esclarecimentos à presidente do Conselho de Administração da Assembleia da República sobre uma prática – que a ser verdadeira – é ilegal e demonstra uma falta de respeito institucional do parlamento pelos partidos prevaricadores.