O secretário de Estado Adjunto da Saúde afirmou esta quinta-feira, no Porto, que o vírus Monkeypox é “uma doença de comportamentos de risco” e não de “grupos de risco”, e que os casos confirmados em Portugal “estão todos estáveis”. Em declarações à margem do 1.º Encontro de Investigação Clínica, que decorreu na Reitoria da Universidade do Porto, António Lacerda Sales afirmou que o vírus Monkeypox “não é uma doença de grupos de risco”, mas sim “uma doença de comportamentos de risco”, à qual todos estão sujeitos.
O governante confirmou que os 14 casos da doença causada pelo vírus Monkeypox identificados até agora em Portugal “estão todos estáveis” e a serem seguidos. “É uma doença autolimitada, ou seja, não tem ainda um tratamento específico”, explicou o secretário de Estado, acrescentando que está a ser feita a monitorização “através da sequenciação e através do seguimento destes doentes”. O governante admitiu que se sabe ainda muito pouco acerca da doença e que é uma matéria que está em estudo.
O vírus Monkeypox é do género Ortopoxvírus (o mais conhecido deste género é o da varíola) e a doença é transmissível através de contacto com animais, ou ainda contacto próximo com pessoas infetadas ou com materiais contaminados.
A doença é rara e, habitualmente, não se dissemina facilmente entre os seres humanos. Esta é a primeira vez que é detetada em Portugal infeção pelo vírus Monkeypox. Em 2003 foram reportados nos Estados Unidos da América algumas dezenas de casos. Também o Reino Unido reportou, recentemente, casos semelhantes de lesões ulcerativas, com a confirmação de infeção por vírus Monkeypox.
A Direção Geral de Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) mantêm-se a acompanhar a situação a nível nacional e em articulação com as instituições europeias.