A ILGA Portugal (Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo) defendeu esta quinta-feira que “não faz qualquer sentido” relacionar a orientação sexual com o vírus Monkeypox ou qualquer outra doença, sublinhando que o foco tem de estar nos comportamentos.
“Não faz qualquer sentido relacionar a orientação sexual com esta doença ou com qualquer outra, o que nós temos de focar sempre é nos comportamentos”, defendeu a presidente da ILGA Portugal.
Ana Aresta sublinhou que “a ciência tem de ser a base” e sustentou que “não há qualquer correlação e não há nada que prove uma correlação” entre a transmissão do vírus Monkeypox e a orientação sexual das pessoas infetadas.
“Já não estamos nos anos 80 ou 90 em que de facto a desinformação contribuía para o estigma, já não estamos nesse momento”, referiu a responsável, lembrando a batalha por causa dos homens homossexuais que estavam impedidos de dar sangue e como, entretanto, isso foi desbloqueado.
Na quarta-feira, a diretora do Programa Nacional para as Infeções Sexualmente Transmissíveis e VIH confirmou que os cinco primeiros casos detetados em Portugal eram de “homens que têm sexo com homens”, apesar de admitir que esse dado pode ter a ver apenas com “a forma como foi dado o alerta”.