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Receção de turistas britânicos em Portugal é um “risco controlado”

A elevada taxa de vacinação no Reino Unido e a obrigatoriedade de um teste negativo à covid-19 à chegada permitem a Portugal assumir o “risco controlado” de receber cidadãos britânicos, afirmaram hoje especialistas da área da saúde.

“Temos de correr um risco. Esse risco, pelo lado do Reino Unido, é minimizado pela elevada taxa de cobertura vacinal e pela realização de um teste PCR à chegada para Portugal. Também temos condições que são favoráveis, como o facto de termos a população com maior risco devidamente vacinada”, adiantou à Lusa o pneumologista Filipe Froes.

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Segundo o coordenador do gabinete de crise covid-19 da Ordem dos Médicos, isso não impede, porém, a eventual disseminação da variante do vírus SARS-CoV-2 associada à Índia e que está a registar uma prevalência crescente no número de casos da doença no Reino Unido.

Nesse sentido, Filipe Froes defendeu um reforço da articulação das autoridades de saúde dos dois países, o que poderá passar por Portugal ter acesso à informação de possíveis casos positivos detetados nos testes de despiste da covid-19 feitos no regresso ao Reino Unido.

“Um fator para garantir maior segurança seria os cidadãos do Reino Unido, ao voltarem ao país de origem, como têm de fazer um teste, se derem positivo, termos acesso a esta informação para fazermos rastreio de contactos dessas pessoas quando estiveram em Portugal”, explicou o especialista.

“Não há mundos perfeitos, nem risco zero, mas a conjugação desses fatores pode dar confiança e uma tranquilidade extra”, salientou o médico, ao sublinhar ainda a necessidade de os viajantes britânicos contactarem rapidamente as autoridades de saúde portugueses se apresentarem sintomas de covid-19.

De acordo com Filipe Froes, nalgumas zonas de Londres, a variante originária da Índia já representa 20% das variantes em circulação, mas salientou que se está perante uma estirpe que foi classificada como de interesse pelas autoridades americanas, ou seja, que está ainda sujeita a uma análise continua.

De acordo com o especialista, há “dados positivos que fazem ter alguma confiança”, como seja o facto da boa taxa de vacinação registada no Reino Unido, o que indica que, à partida, as pessoas não estarão infetadas, assim como os dados preliminares de que as vacinas são eficazes contra a variante associada à Índia.

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