Site icon Fama Rádio e Televisão

Manjericos muito procurados no “regresso à normalidade” das festas de São João

A venda dos tradicionais manjericos para as festas dos santos populares no Norte do país está a correr a bom ritmo e os produtores acreditam que este ano “haverá mais procura”.

Depois das celebrações menos expansivas nos últimos dois anos, devido às restrições da pandemia de covid-19, as festividades regressam desta vez em ‘força’ às ruas de cidades como Porto e Braga, onde esta planta tem presença obrigatória.

(continue a ler o artigo a seguir)


Emissão em direto da Fama Rádio e Televisão também disponível na Smart tv da sua casa. Instale grátis!



“Houve uma pequena quebra nas vendas nos anos anteriores, que este desta vez já não se nota tanto, sobretudo porque as empresas voltaram a procurar este artigo para oferecer aos seus colaboradores e clientes. Houve também um aumento para os casamentos, para os noivos oferecerem aos convidados”, explicou Joaquim Araújo, o maior produtor de manjericos no Norte do país.

O empresário, que conta vender mais de 40 mil vasos desta tradicional planta, disse que “mais de metade da produção é para o Norte e Centro do país”, mas também notou “um aumento da procura para o Sul”.

“É gratificante ver que as plantas que eu produzo vão voltar a alegrar as festas de verão depois dos anos tristes da pandemia. Sinto-me muito bem em poder, com o meu pequeno contributo, dar essa felicidade às pessoas”, desabafou.

Ainda assim, nos habituais versos que acompanham os manjericos, da autoria de Joaquim Araújo, o tema da pandemia ainda é assunto recorrente.

“Gostava que já não fosse, mas o vírus ainda anda por aí. Espero que através das quadras sirva para que as pessoas tenham consciência que ainda é preciso protegermo-nos desta pandemia”, completou o empresário.

Talvez por essa persistente presença da pandemia, no mercado dos tradicionais martelinhos de S. João há ainda uma retração, e numa das fábricas que produz este artigo, na área metropolitana do Porto, as encomendas não são muitas.

“Para já não temos pedido significativos e, por isso, a nossa produção deste artigo é pouca. Vamos esperar até ao início de junho, que é quando as encomendas, normalmente, começam a surgir”, partilhou à Lusa Rita Oliveira, responsável da fábrica de plásticos Moldra.

A empresária lembra que “em comparação com há quatro anos, as encomendas são quatro vezes menos”, mas espera, com alguma expectativa, que a situação ainda mude.

“Noto que há uma retração. A pandemia obrigou as pessoas a repensar os gastos, mas acredito que as pessoas também precisam de se animar nestes momentos de festa. Seria bom voltar a ver os nossos martelinhos nas ruas”, completou Rita Oliveira.

PARTILHE ESTE ARTIGO:
Exit mobile version