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Ex-doentes da covid-19 passam a ser grupo de risco com acompanhamento especial

 O presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) admite que os doentes recuperados de infeção do novo coronavírus com sequelas podem passar a ser um grupo de risco e devem ter um acompanhamento próximo.

“Estes doentes que tiveram uma infeção covid-19 e que mantêm sintomas vão, provavelmente, ter de ser considerado mais um grupo vulnerável ou de risco que temos de vigiar”, afirma Nuno Jacinto, sublinhando as muitas dúvidas que ainda pairam sobre esta faceta da pandemia de covid-19: “Não sabemos ainda o tempo ou a frequência [das queixas], mas são doentes aos quais temos de continuar a dar atenção”.

Em entrevista à Lusa, o líder dos médicos de família portugueses reconhece que a área das sequelas da infeção pelo vírus SARS-CoV-2 “é uma zona muito cinzenta”, sobre a qual Portugal “não tem ainda orientações totalmente definidas”, no que toca à forma e à periodicidade com que os doentes devem ser seguidos. Entre os principais sintomas registados evidenciam-se cansaço, falta de ar, tosse, alterações cognitivas e, em menor grau, dores musculares e articulares.

“Estamos a ter agora o contacto com estes doentes, não eram tantos assim até há bem pouco tempo”, nota Nuno Jacinto, aludindo à dimensão que a última vaga da pandemia teve a este nível. “O facto é que isso acontece: pessoas relativamente novas, saudáveis, sem antecedentes relevantes, e que até tiveram uma doença ligeira, mantêm queixas passado todo este tempo; e algumas até tiveram períodos de agravamento”, esclarece.

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