Os tempos de espera para consultas e cirurgias especializadas são os principais motivos de queixa dos inquiridos portugueses num estudo divulgado hoje, que indica um maior grau de confiança no sector privado da saúde.

O estudo, preparado pelo Observatório da Saúde da Universidade Europeia, intitulado “Os portugueses e a saúde na pós-pandemia”, afirma que 48,7% dos inquiridos dizem ter dificuldade em aceder a uma consulta especializada e, entre estes, 30,2% têm estado à espera há mais de três meses por uma destas consultas.

“Isto acaba por ter influência no acesso do paciente aos cuidados médicos e faz a diferença”, reconheceu Ana Passos, uma das coordenadoras do estudo, sublinhando: “Se três meses para algumas coisas podem ser pouco tempo, para algumas consultas é demasiado e as pessoas não estão satisfeitas com esta espera”.

O estudo, que analisou as percepções dos portugueses relativamente aos serviços de saúde em termos de acesso, utilização, qualidade e confiança, indica também que 35,4% se referem a dificuldades na realização de testes de diagnóstico, com 27,2% à espera de mais de três meses para realizar um destes exames.