País
Greves na CP chegam ao fim após acordo com o Sindicato Nacional dos Maquinistas
A CP – Comboios de Portugal anunciou hoje que chegou a acordo com o Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ) para pôr fim ao conjunto de greves destes profissionais, que cancelaram centenas de comboios, segundo um comunicado.
Assim, a transportadora informou que, “após um período de negociações intensivas, ao longo da última semana, chegou a um acordo com o Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ) que põe fim ao ciclo de greves que vinha afetando o setor ferroviário”.
A empresa destaca que “este consenso foi alcançado com a colaboração do Ministério das Infraestruturas, que mediou as conversas entre as partes envolvidas”.
Segundo a operadora, “o acordo estabelecido é fruto de um esforço conjunto entre a administração da CP e o SMAQ, demonstrando a vontade de ambas as partes em resolver o conflito laboral e assegurar a continuidade dos serviços prestados aos passageiros”.
A CP agradeceu ao SMAQ “pela disponibilidade e empenho nas negociações, que permitiram chegar a um entendimento satisfatório para ambas as partes e em prol dos interesses dos trabalhadores e da empresa”, garantindo que “está comprometida com o bem-estar dos trabalhadores e a qualidade dos serviços prestados”.
Para a empresa ferroviária, este acordo “vem fortalecer a relação com as organizações representativas dos trabalhadores, reforçando o diálogo social e a colaboração mútua”.
O SMAQ esteve em greve na CP durante todo o mês de abril, acusando a empresa de “atitude autista e de desconsideração”.
A greve assumiu diversas formas durante o mês, sendo que não existiu qualquer dia de paralisação total. Ainda assim, centenas de comboios acabaram por ser cancelados.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estavam “aumentos salariais efetivos”, a “valorização da carreira da tração” e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.
Ainda reclamada era uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.
Em fevereiro e março, as greves convocadas por vários sindicatos da CP levaram também à supressão de centenas de comboios por dia.
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