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Enfermeira absolvida por homicídio ganha 30 mil euros de indemnização por ter sido despedida

Mariana Fonseca passou de suspeita num dos mais macabros assassinatos recentes em Portugal, para queixosa por despedimento injusto, ganhando uma indemnização de “cerca de 30.000 euros”, escreve hoje o Correio da Manhã.

A enfermeira de 25 anos declarou-se inocente do hediondo assassinato e subsequente desmembramento do técnico de informática Diogo Gonçalves em 2020. A culpa recaiu inteiramente sobre a sua antiga amante Maria Malveiro, que foi subsequentemente encontrada morta na prisão de Tires.

Mariana Fonseca foi, no entanto, condenada a uma pena suspensa de quatro anos por “profanar um cadáver” (as partes do corpo de Diogo Gonçalves foram despejadas em vários locais), fraude informática e roubo.

Assim que ficou livre aos olhos da justiça portuguesa, a jovem enfermeira “tentou regressar ao trabalho no Hospital de Lagos”, explica a CM, mas o conselho de administração “não o permitiu”.

Mariana Fonseca foi despedida com base no facto de ter faltado ao trabalho enquanto se encontrava sob custódia preventiva.

A jovem recorreu para o Tribunal do Trabalho, que decidiu a seu favor, com as autoridades hospitalares a recorreram da decisão do Tribunal do Trabalho e agora os juízes do Tribunal de Recurso de Évora definiram que a decisão judicial inicial estava correta.

A direção do hospital do Algarve – foi “condenada a pagar à queixosa” – não só pelos salários perdidos, mas também a título de indemnização.

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