As instituições de ensino superior receberam no último ano mais de 150 queixas de assédio sexual e moral, discriminação ou violência, mas apenas quatro acusados foram até agora penalizados.
A agência Lusa questionou universidades e institutos politécnicos de todo o país sobre a existência de canais de denúncia para vítimas, número e tipo de queixas registadas e resultados.
As 19 instituições de ensino superior que responderam – onze universidades e oito institutos politécnicos – revelaram ter recebido 154 queixas de assédio sexual, moral, “questões pedagógicas” e casos de discriminação.
As respostas mostraram que, até agora, só duas instituições penalizaram os alvos de quatro queixas: três professores e um aluno.
Todas as outras 150 queixas não tiveram qualquer consequência para o eventual agressor, havendo ainda muitos casos em análise, outros tantos arquivados e pelo menos uma história em que a alegada vítima desistiu da queixa.
É nas três instituições mais antigas do país que está a grande maioria das queixas: A Universidade de Lisboa (UL) registou 60 denúncias, a Universidade de Coimbra (UC) “36 reportes” e a Universidade do Porto (UP) 19.