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Sporting chora morte do antigo guarda-redes Joaquim Carvalho um dos “heróis” da Taça das Taças

O antigo guarda-redes internacional português Joaquim Carvalho morreu aos 84 anos, lamentou esta terça-feira o Sporting, ao serviço do qual conquistou a Taça dos Vencedores das Taças de futebol, em 1963/64.

“O Sporting Clube de Portugal manifesta o seu pesar pela morte de Joaquim Carvalho, aos 84 anos de idade. Joaquim da Silva Carvalho chegou ao clube em 1958 e na temporada de 1961/62 passou a ser o detentor da camisola n.º 1, conquistando o seu primeiro título de campeão nacional de futebol”, lê-se na mensagem de condolências do emblema ‘leonino’.

Carvalho vestiu a camisola do Sporting entre 1958/59 e 1970/71, tendo conquistado, além do único troféu europeu do historial ‘verde e branco’, três títulos de campeão nacional (1961/62, 1965/66 e 1969/70) e uma Taça de Portugal (1962/63).

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Natural do Barreiro, iniciou a carreira em clubes locais como o Operário e o Luso e terminou no Atlético, em 1971/72, após deixar o Sporting, no qual começava a despontar Vítor Damas. Ainda voltou aos ‘leões’, para treinador de guarda-redes, tendo ainda feito parte da primeira equipa técnica da equipa de futebol feminino.

Defendeu a baliza da seleção portuguesa em seis ocasiões, entre as quais o triunfo por 3-1 frente à Hungria, no primeiro jogo da fase de grupos do Mundial1966, que Portugal terminou no quarto lugar, e que marcou a sua despedida da equipa das ‘quinas’.

Em 2011, foi distinguido com o Prémio Stromp, na categoria ‘Saudade’.

“Aos familiares e amigos, o Sporting endereça as mais sentidas condolências, não deixando de enaltecer e agradecer os anos de dedicação e devoção ao clube”, lê-se ainda na mensagem dos ‘leões’, que recordam que “Carvalho foi o herói da baliza ‘leonina’ na conquista da Taça das Taças em 1963/64”.

O Sporting ergueu o seu único troféu europeu em 15 de maio de 1964, em Antuérpia, ao vencer o MTK de Budapeste, por 1-0, na finalíssima, com um golo de canto direto de Mora.

Dois dias antes daquele que ficaria para a história como o “cantinho do Morais”, Sporting e MTK empataram 3-3 na final, em Bruxelas. Pelo caminho, o Sporting deixou Lyon, Manchester United, APOEL e Atalanta.

Em 2014, por ocasião do 50.º aniversário desta vitória, o Sporting promoveu um convívio entre ‘velhas glórias’ das duas equipas. Então, em declarações à agência Lusa, Carvalho recordou a conversa tida com Morais, na véspera da finalíssima: “Eu era colega de quarto na noite que dormimos cá, e ele disse-me que tinha sonhado que ia fazer o canto direto que já tinha feito e que íamos ganhar”.

Também o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) apresentou as condolências: “A história do futebol português tem sido construída por muitos nomes de excecional valia como Carvalho. À família, aos amigos e ao clube que representou durante tantos anos dirijo uma palavra de conforto”.

“Lamento profundamente o desaparecimento de Joaquim Carvalho, internacional português que marcou presença na primeira participação da seleção nacional no campeonato do mundo, em 1966, integrando a célebre equipa dos ‘Magriços’. Foi um guarda-redes de enormes atributos, um gigante na baliza, que cumpriu uma carreira notável ao serviço do Sporting, no qual, além de títulos nacionais conquistou a Taça dos Vencedores das Taças”, escreveu Fernando Gomes.

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