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Marcelo lamenta morte de jovem agente da PSP em “circunstâncias trágicas”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou hoje tristeza e pesar pela morte do agente da PSP Fábio Guerra, assinalando as “circunstâncias trágicas” em que tal aconteceu.

“Ao tomar conhecimento do falecimento prematuro do agente Fábio Guerra, o Presidente da República manifestou a sua tristeza e pesar pela perda de uma vida em circunstâncias tão trágicas”, divulgou a Presidência da República no seu sítio oficial na Internet.

O agente Fábio Guerra, de 27 anos, morreu hoje no Hospital de São José, em Lisboa, devido às “graves lesões cerebrais” sofridas na sequência das agressões de que foi alvo na madrugada de sábado no exterior de uma discoteca da capital, confirmou a direção nacional da PSP.

“O agente Fábio Guerra será recordado pela sua abnegação, coragem e dedicação ao serviço do próximo e da segurança pública. O Presidente da República endereça as mais sentidas condolências à família do agente Fábio Guerra, bem como aos seus amigos e aos profissionais da PSP”, lê-se ainda na mensagem da Presidência da República.

A PSP informou que “continuam em curso todas as diligências, em coordenação com a Polícia Judiciária, visando a identificação e detenção de todos os autores das agressões, que resultaram na morte” do agente Fábio Guerra após as agressões registadas no exterior da discoteca Mome.

Num comunicado divulgado no sábado, a PSP referia que o incidente ocorreu na madrugada desse dia, pelas 06:30, “no exterior de um estabelecimento de diversão noturna, na Avenida 24 de Julho”, tendo começado com agressões mútuas entre vários cidadãos.

Segundo relatou a PSP, no local encontravam-se “quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal”, acabando por ser agredidos violentamente por um dos grupos, formado por cerca de 10 pessoas. Os outros três agentes agredidos tiveram alta hospitalar este domingo.

A Marinha divulgou também no sábado que “dois militares, do regime de contrato, da classe de Fuzileiros, envolveram-se nos confrontos, na via pública, junto de um espaço noturno, “tendo posteriormente informado as respetivas chefias” do sucedido.

A Marinha adiantou que mandou os dois militares apresentarem-se na respetiva unidade para responderem “a um inquérito interno” e estarem à disposição das autoridades que procedem às investigações.

Segundo a informação de sábado da Marinha, estes militares ainda não tinham sido notificados por nenhuma entidade policial, numa altura em que a investigação está a cargo da Polícia Judiciária (PJ). A Lusa já tentou hoje obter mais informações junto da Marinha, mas até ao momento sem sucesso.

Também no sábado, a ministra da Administração Interna, Francisca Van Dunem, manifestou “preocupação face à brutalidade e violência da agressão” contra os polícias, classificou tais atos de intoleráveis e prometeu um “rápido apuramento dos factos”.

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