O Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP) anunciou que vai continuar a luta e apelou a toda a sociedade civil que se junte numa grande manifestação no dia 25 de abril, em Lisboa.
Vamos a Lisboa dizer que só não há dinheiro para quem trabalha – há milhões para banqueiros, parcerias público-privadas, indemnizações chorudas e ‘boys’ partidários, mas não há dinheiros para serviços públicos”, disse aos jornalistas o presidente do sindicato, André Pestana, em Coimbra.
O líder sindical, que falava em conferência de imprensa no final de uma reunião com comissões sindicais de greve do norte a sul do país, garantiu que a luta dos professores e profissionais de educação vai continuar e que o pré-aviso de greve em vigor até ao final de março vai ser prolongado até 16 de abril.
Segundo André Pestana, a luta vai continuar “porque cada vez mais se sente no país o apoio da sociedade civil a tudo o que estes profissionais da educação têm dado de grande exemplo de cidadania”.
“Perante a intransigência do Governo em tentar impor serviços mínimos ilegais e ao tentar intimidar quem está a fazer manifestações nacionais pacíficas, apelamos a toda a sociedade civil para que façamos no próximo 25 de abril a maior manifestação que este país já teve neste século”, frisou.
Na opinião do presidente do STOP, “as pessoas percebem” que a luta é “pelos seus filhos e netos”, para evitar “que os alunos passem rápida e superficialmente pela escola e depois tenham um trabalho precário o resto da vida ou tenham de emigrar”.
Na reunião, os participantes aprovaram um leque de iniciativas locais, desde continuar as marchas, as vigílias, os acampamentos, “apesar de todos os ataques que tem havido para tentar intimidar protestos pacíficos”.
André Pestana admitiu a existência de cansaço por parte de alguns profissionais, mas salientou que esses são os mesmos que dizem que “a luta não pode parar agora, porque é muito superior à vida individual”.
“Esta é uma luta pelo tipo de sociedade que nós queremos, com uma escola pública de qualidade para quem lá trabalha e estuda, mas também uma sociedade com direito à greve e às manifestações pacíficas”, sublinhou o dirigente, salientando que os profissionais de educação “não pretendem deixar aos filhos uma sociedade sem serviços públicos de qualidade”.