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Portugueses descontentes organizam manifestação na Ponte 25 de Abril contra o preço dos combustíveis

Utentes da Ponte 25 de Abril estão, esta segunda-feira, a realizar um buzinão contra o aumento “galopante” do preço dos combustíveis e para pedir ao Governo medidas urgentes.

Aristides Teixeira, presidente da Associação Democrática de Utentes da 25 de Abril, disse que os automobilistas estavam cerca das 8.20 horas a aderir ao protesto.

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“Perante este cenário de aumento galopante exigimos ao Governo que tome medidas substanciais, com significado. Pedimos que regule o setor e enquanto a regulação não acontece é preciso impedir e baixar o preço dos combustíveis de maneira significativa e o Governo pode fazê-lo. São decisões políticas que podem ser tomadas”, sublinhou.

Para Aristides Teixeira, as medidas anunciadas pelo Governo recentemente “não passam de migalhas”.

“Percebemos que o Governo está do lado da ganância, do lucro. Apresenta algumas medidas para enganar os mais distraídos. O Autovoucher, o IVA, na prática não tem significado nenhum pois os aumentos são galopantes”, salientou.

Aristides Teixeira destacou que desde janeiro de 2021, o Governo está “em guerra com as pessoas”, violando o “direito a viver com dignidade” com base no aumento dos combustíveis que começou há mais de um ano.

Aristides Teixeira destacou também que faz todo o sentido fazer este protesto na ponte porque a denominada Margem Sul (do Tejo, no distrito de Setúbal) é das regiões mais pobres do país e ainda tem portagens a pagar.

A Ponte 25 de Abril tem 2277 metros de comprimento, fazendo a ligação das margens norte (Lisboa) e sul (Almada, distrito de Setúbal) do Tejo. “Na zona sul do Tejo uma das zonas mais pobres do país temos conhecimento de que há famílias a devolver casas aos bancos e aos senhorios, procurando viver em casa de familiares porque já não têm dinheiro. Além disso pagamos portagens o que reduz ainda mais a capacidade económica para ir trabalhar”, disse.

De acordo com Aristides Teixeira, há mais passageiros a procurar os transportes públicos, provocando o caos.

“Na verdade, a Fertagus está a falhar nos horários e a criar o caos dentro das próprias carruagens com os horários a não serem cumpridos e avarias sistemáticas. Estamos também em tempo de greves nos transportes públicos, obrigando ao uso do automóvel numa altura em que os combustíveis estão com estes preços”, disse.

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