País
Estudo mostra que subfinanciamento do SNS se traduziu em mais mortes
Segundo um estudo desenvolvido por Eugénio Rosa, o subfinanciamento crónico em que se encontrava o SNS no início da pandemia causou mortes que podiam ter sido evitadas e “a destruição enorme” da economia.
O economista acredita que se o Governo tivesse investido em equipamentos e profissionais, as consequências em vidas perdidas, sociais e económicas certamente não teriam sido tão duras.
“Embora o Governo, e nomeadamente a ministra da Saúde, se esforcem para convencer os portugueses que a culpa das elevadas perdas de vida e do colapso de muitos hospitais é apenas da pandemia, e que era impossível evitar isso, a verdade é outra”, referiu o próprio.
De acordo com o economista, “a degradação do SNS por falta de investimento em equipamentos e em profissionais estava a determinar que os cuidados de saúde a que a população tinha acesso eram cada mais difíceis e escassos”.
Segundo Eugénio Rosa, é previsível que em 2020 a esperança média de vida desça devido às mortes por covid-19 e pelas outras doenças, por “falta de assistência médica”, a queda tenha sido ainda maior do que a verificada em 2019.
“Embora a esperança de vida à nascença em Portugal fosse, em 2019, de 80,9 anos, a média de anos que um português vive com saúde era, nesse ano, 59,2 anos, o que determina que viva 20 anos com problemas que podem ser graves de saúde causado, em grande parte, pela falta de cuidados de saúde adequados devido à degradação crescente do SNS (falta de meios)”, afirma Eugénio Rosa.
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