“O Cesário deu o seu tempo e a sua alma à nossa Casa, vivendo a Académica como poucos a viveram e manifestando-se na defesa dos estudantes como poucos o fizeram”, refere um comunicado, enviado hoje à agência Lusa.
A nota, refere que, “neste momento difícil para todos, em que as palavras faltam e nenhum abraço acalma, a AAC endereça à sua família e amigos as mais sinceras e sentidas condolências, decretando luto académico sem término apontado”.
A Comissão da Queima das Fitas também lamentou hoje, em comunicado, o desaparecimento de Cesário Silva, “pessoa de sorriso fácil e iluminador, pessoa de vontades e lutas, pessoa única e transformadora que marcou cada um de nós de uma forma única e especial”.
“Um momento muito triste para a Academia que não mais voltará a ser a mesma”, sublinha a nota, acrescentando que os estudantes ficam “mais pobres: pobres de ideias, pobres de vida e pobres de espírito”.
Lançando um “F-R-A” fraterno ao presidente Cesário Silva, que “tornou a Académica única”, a comissão apresenta as suas condolências à família e aos estudantes.
Cesário Silva, 24 anos, estudante de Engenharia Informática, morreu na sequência de um choque frontal entre duas viaturas ligeiras, ocorrido durante a tarde na estrada nacional 224, no concelho de Oliveira de Azeméis.
Cesário Silva tinha tomado posse em dezembro passado como presidente da direção-geral da Associação Académica de Coimbra.
Em comunicado, a Câmara Municipal de Coimbra lamentou “profundamente a morte prematura” de Cesário Silva, sublinhando que é uma “dolorosa perda” para a cidade.
Estudante na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Cesário Silva “esteve desde cedo ligado ao associativismo, tendo sido presidente do Núcleo de Estudantes de Informática e ainda membro do Conselho Geral da Universidade de Coimbra”, referiu a câmara municipal.