Já são várias e bastante críticas as reações à Conferência Episcopal Portuguesa que recebeu a lista dos alegados abusadores. A Igreja Católica não vai suspender preventivamente os padres denunciados, nem vai assumir qualquer indemnização que, a acontecer, será da responsabilidade dos sacerdotes condenados.
Desilusão, insensibilidade e um gigante passo atrás. É a resposta de católicos e associações à reação da Igreja ao trabalho da comissão independente. Dizem que falta respostas para as vítimas e temem que as responsabilidades não cheguem a ser apuradas.
A Conferência Episcopal Portuguesa teve 20 dias para preparar uma reposta quando recebesse a lista dos alegados abusadores – alguns ainda no ativo – das mãos da Comissão Independente.
D. José Ortiga diz que pouco pode ser feito quando só têm nomes dos alegados abusadores e que precisa de mais provas, pois sem elas não se pode suspender sacerdotes. Que culpa, se a houver, tem de ser avaliada por cada diocese e o castigo por cada bispo. Quanto a indemnizações, será o sacerdote culpado a pagar e será também criada uma comissão para dar seguimento ao trabalho da Comissão Independente, mas dirigida pela Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas.