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PJ desmantela suposta rede de burlas com cartões de crédito na região de Braga

A Polícia Judiciária deteve hoje cinco homens e uma mulher “fortemente indiciados” por crimes de associação criminosa, contrafação de cartões ou outros dispositivos de pagamento, uso de documento de identificação ou de viagem alheio e furto.

Os suspeitos, com idades entre os 28 e 51, foram detidos no âmbito da operação “Mo & Ch@don”, da Unidade Nacional de Combate à Cibercriminalidade e Criminalidade Tecnológica (UNC3T), num inquérito dirigido pela 3.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, que realizou operações nas regiões de Lisboa, Coimbra e Braga para execução de doze mandados de busca domiciliária e não domiciliária e o cumprimento de seis mandados de detenção.

Na totalidade, os detidos estão indiciados “pela prática dos crimes de associação criminosa, abuso de cartão de garantia ou de cartão, dispositivo ou dados de pagamento, contrafação de cartões ou outros dispositivos de pagamento, uso de cartões e outros dispositivos de pagamento contrafeitos, uso de documento de identificação ou de viagem alheio e furto”.

De acordo com a PJ, a atividade criminosa “centrava-se na apropriação e utilização pelos suspeitos de dados de cartões bancários de terceiros (cartões estrangeiros) em Terminais de Pagamento Automático (TPA), realizando pagamentos de serviços e bens e gerando devoluções para contas bancárias ou cartões titulados pelos próprios, por pessoas da sua confiança ou sob o seu controlo, o que lhes permitiu apropriarem-se de avultadas quantias monetárias, que ascendem a mais de quinhentos mil euros”.

O esquema, adianta a Judiciária, “ter-se-á iniciado pela utilização de dados de cartões em unidades hoteleiras e estabelecimentos comerciais, tendo evoluído para um esquema mais complexo que envolvia a constituição de sociedades comerciais com o intuito de obterem terminais de pagamento junto de instituições financeiras ou de empresas que comercializam terminais e soluções de pagamento automatizados”.

Os detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal Central de Instrução Criminal para aplicação das medidas de coação adequadas, que poderão ir até à prisão preventiva.

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