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Pandemia com impacto decrescente em Portugal, diz relatório das “linhas vermelhas”

O impacto da pandemia nos serviços de saúde e na mortalidade deverá manter uma tendência decrescente e a linhagem BA.2 da Ómicron já é responsável por mais de metade das infeções, adiantam as “linhas vermelhas” divulgadas esta sexta-feira.

“Dada a redução da incidência que tem vindo a ser observada, deverá manter-se a tendência decrescente no impacto nos serviços de saúde e na mortalidade”, refere a análise de risco semanal da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Segundo o documento, a linhagem BA.1 da variante Ómicron tem registado uma tendência decrescente, representando agora 49,2% das infeções, e, em contraciclo, a BA.2, que os especialistas admitem ser mais transmissível, “está a tornar-se dominante”, com o INSA a estimar uma prevalência de 50,8% na quinta-feira.

Em queda está o número de doentes em unidades de cuidados intensivos, que na quarta-feira correspondia a 42% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas, quando na semana anterior estava nos 52%.

Já no que se refere à mortalidade específica por covid-19, as “linhas vermelhas” indicam que regista um valor de 52 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, mais baixa dos que os 59,7 do último relatório, o que revela uma “tendência decrescente” da pandemia neste indicador.

Apesar disso, este valor é superior ao limiar de 20 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) e superior ao limite de 50 óbitos por um milhão de habitantes, o que se traduz ainda num impacto muito elevado da epidemia na mortalidade.

O documento adianta também que há uma tendência decrescente da incidência de novas infeções cumulativa a 14 dias em todos os grupos etários, sendo a mais elevada na faixa etária entre os 10 e os 19 anos (3.517 casos.)

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