País
PS defente continuação do confinamento devido ao volume de doentes ainda nos hospitais
O secretário-geral adjunto do PS considerou hoje que a atual situação sanitária do país exige a continuação do confinamento geral e advertiu que pressões para o desconfinamento conduzem a precipitações na contenção da covid-19.
Esta posição foi assumida por José Luís Carneiro em conferência de imprensa, no final de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, por videoconferência, sobre o eventual prolongamento do estado de emergência por novo período de 15 dias até 16 de março.
“A evolução dos indicadores da pandemia é positiva, mas continua a exigir cuidados redobrados. Os indicadores de contágio baixaram, o índice de transmissibilidade está no nível mais baixo desde o arranque da pandemia e, por outro lado, a vacinação está a decorrer de acordo com as metas previstas, mantendo-se a expectativa de até ao fim de setembro haver 70% da população imunizada”, apontou o “número dois” da direção do PS.
No entanto, de acordo com José Luís Carneiro, “o recurso aos cuidados hospitalares” e o número de doentes em cuidados intensivos, embora tenham diminuído, “continuam a ter níveis muito significativos”.
“Esta pressão sobre a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde em termos de cuidados intensivos e de cuidados hospitalares exige que se continue com o confinamento. Essa é a maior garantia de uma resposta segura e eficaz aos doentes de covid-19 e para garantir que a capacidade de resposta eficiente aos doentes não covid-19”, sustentou.
O secretário-geral adjunto do PS criticou depois os setores que estão a pedir ao Governo medidas de desconfinamento do país.
“Os portugueses têm vindo a fazer grandes sacrifícios e não podemos deitar por terra esse esforço que tem vindo a ser feito. Temos de evitar que as pressões conduzam a precipitações”, advertiu.
José Luís Carneiro adiantou que o Governo está a preparar com autoridades de saúde o plano de desconfinamento, “observando os indicadores, procurando verificar se eles se consolidam e extraindo conclusões tão sólidas quanto possíveis para decidir sem precipitações”.
“Importa garantir que os apoios sociais e económicos continuem a chegar às pessoas, às famílias e às empresas”, acrescentou.
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