País
Santuário de Fátima quer gerar “corrente de orações” pela paz na Ucrânia
O Santuário de Fátima anunciou hoje a realização de uma “corrente de oração pela paz na Ucrânia”, na sequência do apelo feito no domingo pelo cardeal António Marto, que pediu orações pela paz naquele país.
“Deste Santuário da Paz faço um apelo a vós aqui presentes e a todos os católicos do país para iniciarem uma corrente de oração do rosário nesta semana, em forma individual, familiar ou comunitária, pela paz na Ucrânia”, afirmou, no domingo, na missa que celebrou no Santuário, o administrador apostólico da diocese de Leiria-Fátima.
Hoje, o reitor do Santuário, padre Carlos Cabecinhas, informou que, “face a este apelo concreto, na fidelidade ao que é próprio deste Santuário”, pediu a todos os capelães que “façam explícita referência a esta intenção na oração do terço, no Santuário, ao longo de toda esta semana: seja o terço das 12:00, seja o das 21:30”.
Esta intenção será também lembrada aos sacerdotes que presidem ao terço das 18:30, que é transmitido por alguns órgãos de comunicação social.
Esta iniciativa do Santuário prolongar-se-á até ao final da semana.
Na homilia de domingo, o cardeal António Marto exortou os católicos portugueses a rezarem pela paz na Ucrânia, sublinhando que, face à ameaça de guerra, “é necessário despertar da indiferença”.
Na última missa a que, como administrador apostólico da diocese de Leiria-Fátima presidiu no Santuário de Fátima, António Marto alertou para o “contexto atual que o mundo conhece e atravessa, após longo período de fragilidades, feridas, incertezas, luto e medos, em que paira uma ameaça de guerra. É necessário despertar da indiferença, da apatia, do cansaço espiritual, do desânimo que pode levar ao fatalismo”.
O Ocidente e a Rússia vivem atualmente um momento de forte tensão, com o regime de Moscovo a ser acusado de concentrar pelo menos 150.000 soldados nas fronteiras da Ucrânia, numa aparente preparação para uma potencial invasão do país vizinho.
Moscovo desmente qualquer intenção bélica e afirma ter retirado parte do contingente da zona.
Nos últimos dias, o clima de tensão agravou-se ainda mais perante o aumento dos confrontos entre o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos no leste do país, na região do Donbass, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.
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