País
Mais de 60 polícias pré-aposentados regressaram para fiscalização das regras covid-19
Mais de 60 polícias pré-aposentados regressaram ao ativo em todo o país para ajudar na fiscalização das regras e cumprimento das restrições da pandemia de covid-19, anunciou hoje o diretor nacional da PSP, Magina da Silva.
A direção nacional emitiu um pré-aviso a mobilizar os polícias que não se encontram no ativo para regressarem. Os que se voluntariaram e demonstraram essa disponibilidade encontram-se já a trabalhar no terreno, integrando as equipas de fiscalização da PSP.
O diretor nacional falava em Bragança, onde se reuniu hoje com os 18 polícias que responderam ao desafio, no comando distrital do país com “um número significativo de polícias que aderiram voluntariamente”, como notou.
Os mais de 60 polícias que se voluntariaram e regressaram à efetividade e ao serviço operacional estão a fazer “exclusivamente trabalho operacional de rua”, com “os mesmos direitos e deveres que os polícias que estão na situação de ativo”, de acordo com o diretor nacional.
Magina da Silva explicou que a possibilidade de chamar profissionais pré-aposentados já tinha sido colocada no início da pandemia, em março de 2020.
No momento atual, “com o agravar da pandemia, que também afetou muitos polícias e continua a afetar”, a direção nacional entendeu que se justifica mobilizar os polícias que se encontram em situação de pré-aposentação e cujo número global o diretor nacional não sabe quantificar.
“Felizmente os níveis na Polícia de Segurança Pública estão a baixar sustentadamente. Aliado ao processo de vacinação que se vai iniciar ainda esta semana, não projeto como necessário proceder à mobilização de mais pessoal em situação de pré-aposentação”, afirmou.
Em Bragança, Judite Celas estava pré-aposentada há três anos, depois de 37 anos a trabalhar na secção do Trânsito, e respondeu de imediato ao apelo de mobilização.
Aos 60 anos vai voltar à rua para “ajudar no que for preciso”, nomeadamente “sensibilizar as pessoas para ficarem em casa, para não se juntarem, para usarem a máscara”.
“Dediquei-me toda a vida à Polícia e agora no que puder, vou ajudar”, afirmou.
Também Óscar Rodrigues se voluntariou porque “cada vez que seja para ajudar” está disponível.
“Isto é uma guerra surda e não sabemos com quem lidar e é sempre mais um a ajudar. Para ajudar todos somos muito poucos”, considerou.
O comando distrital de Bragança foi ainda elogiado pelo diretor nacional pela iniciativa “Polícia por um dia” que tem permitido “vestir” a farda a várias personalidades e cidadãos em geral.
Magina da Silva disse que a iniciativa do comandante José Neto irá ser “generalizada a nível nacional”, embora reconheça que “nos grandes centros urbanos será mais difícil, vai depender da adesão das diversas entidades que forem convidadas”.
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