Avisando que o “desconfinamento não está no horizonte”, o primeiro-ministro, António Costa, antecipou hoje que a Páscoa deste ano “não será seguramente” como aquela que os portugueses conhecem.
Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros para decidir as medidas para a renovação do estado de emergência, António Costa insistiu na ideia de que durante o mês de março será preciso manter um nível de confinamento muito semelhante ao atual, após questionado pelos jornalistas sobre a Páscoa.
“Quanto à Páscoa já está fora deste período. Teremos tempo para ver. Agora uma coisa é certa, não haverá seguramente festejos de Carnaval e seguramente a Páscoa não será a Páscoa que nós conhecemos”, avisou.
A Páscoa, feriado móvel, é este ano no dia 04 de abril.
O primeiro-ministro pediu, mais de que uma vez, que perante uma situação epidemiológica ainda “extremamente grave”, as pessoas não se comecem a concentrar no desconfinamento, mas mantenham o foco “em cumprir de forma rigorosa”, como têm feito, as medidas de confinamento.
“É prematuro começar a discutir o desconfinamento. O desconfinamento não está no horizonte”, alertou, explicando que no estado de emergência que decorrerá até 01 de março “a regra é manter tudo como está”.
O parlamento autorizou hoje a renovação do estado de emergência até 01 de março para permitir medidas de contenção da covid-19, com votos favoráveis de PS, PSD, CDS-PP e PAN.
A deputada não inscrita Cristina Rodrigues também votou a favor. O BE voltou a abster-se e PCP, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira mantiveram o voto contra este quadro legal, que permite suspender o exercício de alguns direitos, liberdades e garantias.
Este foi o décimo primeiro diploma do estado de emergência que Marcelo Rebelo de Sousa submeteu à Assembleia da República no atual contexto de pandemia de covid-19.