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Liga Portuguesa Contra o Cancro apoiou cerca de 2,3 milhões de doentes em 2024 com quase 1,8 milhões de euros

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Perto de 23 mil doentes oncológicos carenciados foram apoiados pela Liga Contra o Cancro em 2024, número que tem vindo a aumentar, tal como o valor disponibilizado, que atingiu quase 1,8 milhões de euros, sobretudo para medicamentos e alimentação.

Em 2024, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) apoiou 22.965 doentes, mais 5.101 comparativamente ao ano anterior, com um valor de 1.783.250 euros (mais cerca 360 mil euros) para pagamento de medicamentos (1.067.267 euros), alimentação (297.806 euros), transportes (153.117 euros), próteses (55.012) e 210.048 em outros apoios, segundo dados avançados à agência Lusa na véspera do Dia Mundial de Luta contra o Cancro.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da LPCC, Vítor Veloso, afirmou que todos os anos se verifica um aumento de pedidos, não só para pagamento de medicamentos, próteses, transportes, alimentação, mas também para rendas de casa, de eletricidade e de água.

“Os pedidos são para um sem número de situações dramáticas que os doentes oncológicos carenciados vivem”, disse o cirurgião, salientando que a LPCC gasta esta verba diretamente no doente, mas observou que os encargos com as infraestruturas que precisam de ser criadas para dar estes apoios “também gastam muito dinheiro à Liga”.

Segundo Vítor Veloso, são necessários administrativos, psicólogos, assistentes sociais, motoristas, auxiliares, nutricionistas, advogados, médicos e técnicos nas diversas áreas para prestar este apoio, que representam “um montante muito substancial”.

No entanto, vincou que “a Liga tem como primeiro desígnio apoiar o doente oncológico, nomeadamente os doentes mais carenciados”.

O responsável elucidou que muitos dos doentes que deixam de trabalhar são “o único rendimento que uma família tem”, uma situação para a qual a LPCC tem vindo a alertar o Governo.

Uma das reivindicações da Liga, que já foi colocada a nível ministerial, é que o doente oncológico, nomeadamente, os que “têm uma doença avançada ou pelo menos uma doença difícil de ser tratada”, tenha o subsídio de doença pago a 100%.

“Penso que isto está a ser objeto de estudo por parte do Ministério, mas julgamos que seria bom, seria saudável, e seria necessário, sobretudo para estes doentes carenciados e que são o único meio de sustento para uma casa, que tivessem possibilidade do Estado de lhes pagar um subsídio idêntico ao ordenado que tinham”, sustentou.

A LPCC também divulgou à Lusa os dados da Linha Cancro (808 255 255), que inaugurou em fevereiro de 2008, que mostram um aumento no número de atendimentos.

Em 2023, a Linha Cancro recebeu 6.903 chamadas e ‘emails’, número que subiu para 7.134 no ano passado, referem os dados, segundo os quais desde 2020, o serviço recebeu 30.804 apelos.

Apesar deste aumento, Vítor Veloso disse que é preciso apostar numa maior divulgação deste serviço que visa fazer o acompanhamento de doentes, familiares e amigos em todas as fases do processo terapêutico, tendo uma equipa constituída por técnicos especializados, enfermeiros e psicólogos, com formação na área da oncologia.

“Nós temos de disseminar uma ideia de que esta linha telefónica é uma linha de ajuda para os doentes, não só de ajuda nos diversos meios que nós temos para apoiar os doentes, mas também, inclusivamente, na parte psicológica, que é muito importante”, salientou Vítor Veloso.

Segundo o último relatório do Registo Oncológico Nacional (RON), foram diagnosticados 60.717 novos casos de cancro em 2021, a segunda causa de morte em Portugal, com registo de 27.577 óbitos.

Segundo o RON, os cancros da mama, colorretal, próstata e pulmão foram os mais frequentes em 2021, ano em que se observou um aumento de 5% no número de novos casos face a 2019.

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