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Bloco de Esquerda defende salários a 100% para todos que fiquem em casa com os filhos

A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, durante uma conferência de imprensa na sede do partido para apresentação das conclusões da reunião da Comissão Política sobre os resultados eleitorais, Lisboa, 5 de outubro de 2015. MIGUEL A. LOPES/ LUSA

O apoio a 100% dos salários de quem fica em casa com os filhos mais pequenos, mesmo que estejam em teletrabalho durante a crise pandémica, irá ser proposto pelo Bloco de Esquerda (BE) no parlamento, foi hoje anunciado.

A proposta saiu da reunião da Mesa Nacional do BE, reunida hoje, por videoconferência, para fazer uma análise dos resultados das eleições presidenciais de 24 de janeiro, em que Marisa Matias, a candidata apoiada pelos bloquistas, “ficou aquém” dos resultados que esperava.

Na conferência de imprensa, a coordenadora do BE, Catarina Martins, anunciou que o partido vai propor a apreciação parlamentar do último decreto com medidas para conter a crise social e económica causada pela pandemia de modo, mudar a lei no parlamento, e reforçar o apoio às populações.

E num momento em que se admite o prolongamento do ensino à distância, e o encerramento das escolas, “não é possível pedir às famílias que fiquem em casa quando isso sujeita um adulto ao corte de um terço do seu salário”, disse Catarina Martins.

“É urgente reforçar o apoio aos pais e às mães de crianças até aos 12 anos, que tem que ser a 100%”, insistiu a líder bloquista.

“Esse passo já foi dado no ‘lay-off”, mas, “numa crise prolongada” como a que se prevê, é preciso que “os pais que ficam em casa com os seus filhos tenham o apoio a 100%”.

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