País
Empresas da líder do PAN pediram autorização para usar inseticidas perigosos e abelhas que ameaçam as portuguesas
Uma das empresas agrícolas de Inês Sousa Real do PAN terá pedido uma autorização para poder usar um inseticida considerado perigoso para os humanos e para a natureza e chegou também a libertar uma espécie de abelha nas suas culturas, que pela sua natureza ameaça as abelhas portuguesas, avança a Visão.
De acordo com esta publicação, estas duas situações estavam divulgadas nas páginas de Facebook de ambas as empresas mas foram apagadas dois dias antes do início da campanha eleitoral.
No que toca ao inseticida, foi usado “Delegate 250 WG” que se destina a matar as moscas da fruta e que devido à sua “agressividade” é considerado “mutagénico ou carcinogénico de categoria 3”, “nocivo” e “prejudicial para o meio ambiente”, citando a empresa responsável pela distribuição da substância em Portugal.
Entre nos possíveis efeitos nos humanos e impacto ambiental decorrente do uso deste produto ficamos a saber que é “suspeito de afetar a fertilidade; pode afetar os órgãos após exposição prolongada ou repetida; muito tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros; perigoso para as abelhas; para proteção das abelhas e de outros insetos polinizadores, não aplicar este produto durante a floração das culturas [nem] durante o período de presença das abelhas nos campos”.
A autorização para a utilização deste produto foi pedida no ano de 2015, pela empresa que produz mirtilos, morangos e framboesas e da qual a líder do PAN é detentora de 25%. Possuindo o seu marido outros 25%.
No que toca às abelhas, estas terão sido adquiridas por uma empresa diferente, na qual Inês Sousa Real era sócia com o marido, que ficou com as suas quotas em dezembro de 2019.
“A líder do PAN mantém interesses indiretos na empresa, por estar casada em comunhão de adquiridos”, segundo a mesma fonte.
Questionado pela Visão, Fábio Abade Santos, médico veterinário e investigador, explica que estas abelhas (a mamangava-de-cauda-amarela-clara “Bombus terrestris”), podem por em causa a espécie autóctone.
“Introduzir uma nova genética, com possibilidade de hibridização, pode destruir o património genérico das nossas subespécies, selecionadas ao longo de milhares ou milhões de anos”, sublinha o investigador.
Tudo isto acontece depois de outra polémica em que uma empesa da líder do PAN era acusada de utilzar estufas nas suas explorações de frutos silvestres.
O partido, questionado pela Visão sobre este assunto respondeu que:
“O PAN e a sua porta-voz já esclareceram o que havia a esclarecer sobre este tema. O partido não tem mais nada a acrescentar nem vai continuar a alimentar esta campanha de difamação criada por vários interesses instalados para atingir o PAN e tentar impedir-nos de defender as nossas causas fundamentais.”
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