Ponderando chamar ao serviço os polícias em pré-aposentação, a PSP decidiu dar prioridade absoluta à ação fiscalizadora das medidas do estado de emergência.
Um despacho da direção nacional da PSP, determina que seja dada prioridade “à ação fiscalizadora do cumprimento das restrições impostas” pelo estado de emergência relativamente a outras ocorrências policiais que não coloquem em risco a integridade física ou a vida das pessoas e que sejam utilizadas “todas as valências” da polícia
Para cumprir este objetivo, o diretor nacional, Magina da Silva, estipulou ainda que os polícias que estejam em situação de pré-aposentação sejam informados de que poderão ser chamados para prestar serviço nesta fase critica.
Nesta fase de grave crise pandémica, e para reforçar a visibilidade policial, foi igualmente decidido colocar na atividade operacional os polícias que estão a exercer funções nos serviços administrativos para que sejam criadas equipas de fiscalização.
De fora ficam, contudo, os elementos que dão apoio à direção nacional, à Unidade Especial de Polícia (UEP), os estabelecimentos de ensino e serviços sociais.
No conselho de ministros de segunda-feira, o primeiro-ministro exigiu que as forças de segurança tivessem mais visibilidade na via pública e que reforçassem a sua ação fiscalizadora por determinação do Governo que hoje decidiu reforçar algumas medidas adotadas no período de confinamento devido à covid-19.
“Às forças de segurança, e muito especialmente à PSP, foi determinado uma maior visibilidade da sua presença na via pública, designadamente nas imediações dos estabelecimentos escolares, de forma a serem um fator de dissuasão para impedirem ajuntamentos que são uma ameaça à saúde pública”, afirmou António Costa, após a reunião extraordinária, na qual foram reforçadas algumas medidas para combater a covid-19.
Em Portugal, morreram 9.465 pessoas dos 581.605 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.058.226 mortos resultantes de mais de 96,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.