A expectativa de muitos portugueses em relação a 2024 é baixa, sendo o seu pessimismo destacado em dois estudos recentes, um dos quais compara a situação em Portugal com a de outros 40 países.
Metade das pessoas que participaram num inquérito do Observatório da Sociedade Portuguesa da Universidade Católica de Lisboa sobre as expectativas e intenções para 2024 admitiu estar pessimista ou muito pessimista, assumindo a maioria que terá dificuldade em manter o nível de vida.
No caso do estudo de Fim de Ano da Associação Gallup International (GIA), realizado em Portugal pela Intercampus, 63% dos portugueses inquiridos defendeu que 2024 será um ano de difícil prosperidade económica.
“Portugal é o quinto país do mundo mais pessimista em relação a 2024 e o país que olha para este como um ano de maior dificuldade económica“, indica a Intercampus em comunicado.
Metade dos participantes num inquérito sobre expectativas e intenções para 2024 revelou pessimismo, conforme indicado pelo mais recente estudo do Observatório da Sociedade Portuguesa da Universidade Católica de Lisboa.
Realizado entre 22 e 29 de novembro de 2023, o estudo envolveu mil inquiridos, com idades entre 20 e 75 anos.
Em relação ao otimismo para 2024, apenas 15,9% expressaram estar otimistas, enquanto 18,2% se mostraram muito pessimistas e 32,5% pessimistas, totalizando 50,7% da amostra. Quanto à facilidade em manter o nível de vida, a maioria (53%) admitiu dificuldades, contrastando com os 13% que acreditam na manutenção do seu atual padrão de vida.
No que diz respeito às preocupações financeiras, a maioria dos inquiridos (50,9%) está muito preocupada com o aumento de custos relacionados com a alimentação do agregado familiar, enquanto 46,6% manifestam preocupação com rendas ou prestações de empréstimos da casa. Em geral, há inquietação quanto ao aumento de gastos em 2024, especialmente nas categorias de alimentação (84,4%), energia (80%), combustíveis (75,6%), e despesas com habitação (64,5%).
Quando questionados sobre a necessidade de reduzir o consumo no próximo ano, 39,5% afirmaram que o farão moderadamente, e 30,8% indicaram uma redução substancial. As áreas mais propensas a cortes incluem refeições fora de casa (73,5%), compra de roupas (65,3%), viagens (56,8%), aquisição de bens pessoais (52,9%), e despesas com educação (10,6%).
