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Médicos Saúde Pública alertam para situação “absolutamente insustentável”

O presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia, considerou este sábado “absolutamente insustentável” a situação vivida atualmente em Portugal na prestação de cuidados de saúde no âmbito da pandemia da covid-19.

“É absolutamente insustentável o que se está a passar na prestação de cuidados, é uma situação dramática. Acho que é essa a descrição possível”, afirmou o médico em declarações à agência Lusa, lembrando que, “infelizmente os alertas dos hospitais e de todos os envolvidos não são de agora, [já vêm] até [de] antes do Natal”.

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No dia em que Portugal contabilizou dois novos recordes diários relacionados com a pandemia de covid-19 – 166 mortes e 10.947 novos casos de infeção com o novo coronavírus, em 24 horas – alguns hospitais alertaram estarem em rutura.

Para o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, “não é surpreendente que haja de facto pressão”.

“O que acontece é que estamos a atingir um nível insustentável e isso tem muito que ver com aquilo que foi acontecendo”, afirmou.

Embora o país esteja no início de um novo confinamento, “a realidade é que na prática, olhando para a rua e vendo o que se vai passando, há de facto uma grande mobilização das pessoas na rua, etc.” e “acaba por ser difícil combater a pandemia com esta situação”, considerou.

“Eu espero que apesar disso possa haver uma redução [nos números], mas vai demorar que isso se venha a verificar, na medida em que sabemos que estas infeções que estão a surgir agora são infeções que se calhar aconteceram há uma semana”, disse.

Para Ricardo Mexia, esta pressão “enorme nos serviços” de saúde “tem que ver com aquele volume de novos casos que houve já no início do ano” e esta pressão ainda se vai manter durante alguns dias.

“Temo que a mortalidade se vá agravar ainda”, referiu ainda o clínico.

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